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sábado, 9 de julho de 2011

PODER DE RECUPERAÇÃO


Sábado à tarde
Ano Bíblico: Nm 4–6

Verso para Memorizar: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam” (Salmo 46:1-3).

Leituras da semana: Jó 19:25; Tg 5:10, 11; Rt 1; Et 2; 2Co 11:23-28; Fp 4:11-13

Poder de recuperação é o processo de enfrentar adversidades, traumas, tragédias, ameaças, ou estresse extremos e retornar em bom estado sem ser muito afetado negativamente pela experiência. O conceito tem recebido crescente atenção pela importância do poder de recuperação diante das dificuldades da vida. Afinal, quem entre nós, vez por outra, não enfrenta razoáveis fatores estressantes, de uma forma ou outra? A pergunta é: Como ter o poder de recuperação para lidar com o que acontece e não ser destruído emocionalmente no processo?

Na década de 1960, Victor e Mildred Goertzel escreveram Cradles of Eminence [Berços de Eminência], que apresentava análises biográficas de mais de 700 personagens que passaram por grandes adversidades na infância (lares destruídos, limitações financeiras, físicas e/ou impedimentos psicológicos, etc.) e ainda alcançaram grande sucesso. O livro foi atualizado em 2004.

A Bíblia também fala de pessoas que tiveram que enfrentar adversidades mas que, pela graça de Deus, reagiram e venceram os problemas. Apesar das circunstâncias difíceis e até falhas de caráter, elas foram usadas por Deus porque tiveram o poder de recuperação para avançar, mesmo em meio de circunstâncias adversas.



Domingo
Ano Bíblico: Nm 7, 8


A paciência de Jó


1. Que características de Jó o tornam digno de ser imitado? Tg 5:10, 11. Veja também Jó 1-3.


Uma senhora submetida a aconselhamento para se recuperar de uma séria crise disse aos amigos que uma ideia transmitida pelo conselheiro foi fundamental para sua recuperação. “O que mais me ajudou”, ela disse, “foi que o conselheiro insistia que minhas situações dolorosas teriam fim. ‘Parece escuro e interminável agora,’ o conselheiro costumava dizer, ‘mas não vai durar muito mais’. Esse pensamento me ajudou a obter o poder de recuperação.” Em outras palavras, o conselheiro manteve viva a esperança da paciente.
Como ter a paciência aumentada? George Goodman, da Inglaterra, certa vez recebeu um jovem que precisava de oração. Ele expressou diretamente sua necessidade: “Sr. Goodman, desejo que o senhor ore para que eu tenha paciência”.

O idoso homem respondeu: “Sim, vou orar para que você tenha tribulação.” “Ah, não, senhor”, o jovem respondeu, “é de paciência que preciso.” “Entendo”, disse Goodman, “e vou orar para que você tenha tribulação.” Então, o professor de Bíblia abriu a Bíblia e leu Romanos 5:3 para o jovem pasmo: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança”.

A história de Jó oferece um exemplo supremo do poder de recuperação. No início da vida, Jó entendeu que Deus é misericordioso e justo. Ele não entendia as razões de seu sofrimento; não encontrou apoio na esposa; sua propriedade e seus filhos foram destruídos, e então, ele contraiu uma doença horrível. Mas, de alguma forma, em meio a tudo isso, ele nunca perdeu a fé em Deus e persistiu até que a tragédia terminasse.

2. A que esperança se apegou Jó? Jó 19:25. Como podemos aprender melhor a nos apegar a essa esperança em nossas próprias adversidades?

Pense nas ocasiões em que você passou por algo terrível. Que esperança o sustentou? Que palavras ditas a você foram úteis? Quais palavras não foram tão úteis, ou mesmo, foram prejudiciais? O que você aprendeu para ajudar melhor alguém que esteja passando por grande adversidade agora?





Segunda
Ano Bíblico: Nm 9–11


José no cativeiro


Leia Gênesis 37:19-28 e Gênesis 39:12-20 e tente pôr-se na pele de José. Imagine como ele deve ter ficado desanimado. Imagine o potencial de ira e amargura que ele poderia ter desenvolvido, e com razão. Embora a Bíblia não nos conte em detalhes quais foram suas emoções, não é difícil imaginar a dor que ele sofreu por tanta traição e deslealdade.

Não obstante, José se voltou para o Senhor nessas dificuldades e, no fim, boas coisas resultaram desses eventos. Depois de ter sido vendido por seus irmãos, José passou realmente pela conversão e teve um relacionamento muito mais íntimo com Deus. “Contaram-lhe a respeito das promessas do Senhor a Jacó, e de como tinham elas se cumprido – como, na hora de necessidade, os anjos de Deus tinham vindo instruí-lo, consolá-lo e protegê-lo. Ele aprendeu acerca do amor de Deus, provendo um Redentor aos homens. Todas estas lições preciosas vinham agora vividamente diante dele. José acreditava que o Deus de seus pais seria o seu Deus. Ali mesmo se entregou completamente ao Senhor” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 213, 214).

Quando ele foi lançado injustamente na prisão, a experiência abriu o caminho para a corte de Faraó, para cumprir a missão de salvar muitos e seu próprio povo.

3. O que os textos a seguir nos dizem como as situações ruins podem ser transformadas em boas?
a) Rm 5:3-5
b) 2Co 1:3, 4
c) 2Co 1:8, 9
d) 2Tm 1:11, 12

Deus não quer que soframos desnecessariamente. De fato, o ambiente que Jesus preparou para nós no Céu é sem lágrimas e sem dores (Ap 21:4). Mas, enquanto esperamos que essa promessa se cumpra, parece certo que a dor é o caminho para aprender certas lições. Desenvolvimento de caráter, empatia, humildade, discipulado, distinção entre o bem e o mal – essas são algumas das lições que podemos aprender. Embora seja difícil pensar nos benefícios do sofrimento, especialmente em meio à provação, podemos pedir de Deus a força necessária para superar as dificuldades.

Você já teve alguma experiência terrível que ao fim trouxe algum bem, algum benefício? Como esse fato pode ajudá-lo a confiar no Senhor em alguma adversidade, mesmo quando não pareça provável existir algum bem?



Terça
Ano Bíblico: Nm 12–14


Noemi


4. Quais foram alguns dos infortúnios experimentados por Noemi? Rute 1


Deixar o próprio país para viver em outro lugar é sempre assustador, especialmente quando a mudança é motivada pela necessidade de sobreviver. A fome em Judá forçou Elimeleque, Noemi e seus dois filhos a emigrar para o país de Moabe, área agrícola em que eles poderiam obter alimento. Os moabitas eram um povo idólatra (Jz 10:6) cujas práticas conflitavam com as crenças judaicas. Só isso já deve ter produzido muita perturbação para os recém-chegados. Poucos dias depois de se terem estabelecido, o marido de Noemi morreu. Mãe e filhos se achavam em terra estranha, degradados à condição de viúva e órfãos, sem proteção e sujeitos a mais uma humilhação. Então, os filhos de Noemi, Malom e Quiliom, se casaram com mulheres moabitas. Esse fato pode ter provocado conflito para a família, ao menos no princípio, por causa de significativas diferenças religiosas. Embora a lei não proibisse especificamente os casamentos entre judeus e moabitas, estava estipulado que nem os moabitas nem seus descendentes poderiam entrar na assembleia do Senhor até depois de dez gerações (Dt 23:3).

Mais tarde, Malom e Quiliom, cujos nomes significavam respectivamente “doença” e “devastação”, também morreram. É difícil imaginar uma situação mais trágica para a vida de Noemi – nenhum parente vivo nas proximidades, e demais familiares na distante Belém.

5. Qual foi o ponto de virada na vida do Noemi? Como Deus corrigiu as graves adversidades sofridas por Noemi? Rt 1:16-18; 4:13-17


No momento mais profundo da dificuldade de Noemi, sua nora Rute lhe serviu de apoio emocional enviado por Deus. Noemi deve ter sido notável por haver inspirado a devoção de suas duas noras, especialmente de Rute, que aceitou o Deus de Israel e tomou a firme decisão de cuidar da sogra por toda a vida em uma terra cujos habitantes eram, historicamente, seus inimigos.

Os capítulos 2 a 4 apresentam uma bela sucessão de eventos que culminaram em um feliz acordo familiar. Noemi deixou para trás os incontáveis sofrimentos e viveu para testemunhar o casamento de Rute com Boaz e o nascimento de seu neto Obede, pai de Jessé, pai de Davi.

Por mais que, em última instância, precisemos confiar no Senhor e entregar tudo a Ele, às vezes, precisamos também de ajuda humana. Quando, pela última vez, você precisou realmente da ajuda de alguém? O que você aprendeu dessa experiência?




Quarta
Ano Bíblico: Nm 15, 16


Os dias de estresse de Ester


6. Quais foram algumas das adversidades, lutas e pressões que Ester enfrentou?
a) Et 2:6, 7
b) Et 2:10
c) Et 2:21, 22
d) Et 4:4-17
e) Et 7:3, 4; 8:3

Desde os primeiros anos, Ester viveu como órfã. Embora tivesse sido adotada por seu primo mais idoso, Mordecai, o estigma da infância sem pais foi, certamente, difícil. Apesar disso, Ester cresceu como uma jovem equilibrada, determinada e capaz.

Depois de se tornar rainha, Ester não revelou sua nacionalidade nem seu parentesco. Esse foi um desafio particularmente pesado. Cercada por comidas, luxos e práticas da vida na corte, de alguma forma, Ester teve que manter sua fé e identidade judaica. Além disso, o risco de ser identificada como membro do povo judeu era real, e as consequências de sua identidade eram incertas.

Ester também teve que levar ao rei as más notícias de que os oficiais estavam conspirando matá-lo. Essa não foi uma fácil tarefa porque, se o complô não ficasse provado, Ester e seu primo poderiam ser acusados de dar início a boatos, e quem sabia quais seriam os resultados?

Mas a maior responsabilidade colocada sobre Ester foi ser deixada como o único canal para salvar sua nação. Mordecai lhe pediu que intercedesse em nome dos judeus, o que ela não poderia fazer sem arriscar a vida. Quando ela vacilou, o primo pôs ainda mais pressão sobre ela: “Porque, se de todo te calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento, mas tu e a casa de teu pai perecereis” (Et 4:14). Que intensidade de estresse!

Entretanto, ela compareceu diante do rei, sabendo que esse ato representava um elevado risco de morte. Finalmente, as coisas deram certo, por mais perigosa que às vezes a situação tenha sido para essa jovem mulher.

Assim como Ester, todos nós nascemos em situações que não criamos. Qual é sua origem? Que coisas você recebeu, boas e más, pelas quais não pediu? Como você pode aprender a apreciar mais as coisas boas que recebeu e vencer as más?



Quinta
Ano Bíblico: Nm 17–19


O segredo de estar contente


Paulo nasceu e cresceu em Tarso, em uma família hebreia da tribo de Benjamin. Ele obteve sua nacionalidade romana por meio do pai, cidadão do Império Romano. Tornou-se fariseu, um grupo devoto que seguia a lei (Torah) mais a tradição oral (Mishnah). Com essa origem, ele deve ter apreciado os privilégios de seu status social e religioso.

Porém, quando Paulo respondeu ao chamado de Jesus, tudo mudou. Em vez de perseguidor, ele se tornou o objeto da perseguição radical de alguns de sua própria nação e, mais tarde, dos romanos. Sofreu tribulações por três décadas e foi executado depois de ter sido encarcerado em Roma.

7. Leia 2 Coríntios 11:23-28, que menciona algumas das adversidades que Paulo teve que enfrentar. Então, leia Filipenses 4:11-13. Depois de tanto sofrimento, que avaliação faz Paulo da própria vida?


O contentamento é um componente fundamental de felicidade e bem-estar psicológico. Essa disposição se dá aos que veem a perspectiva positiva das coisas, que olham ao passado com aceitação e ao futuro com esperança. Curiosamente, ter “tudo” não garante satisfação nem felicidade. Para alguns, não importando tudo o que tenham, nunca é suficiente. Outros, tendo tão pouco, ainda assim estão satisfeitos. O que você acha que faz a diferença?

Uma das muitas definições atuais de “inteligência” é a habilidade de se adaptar a novas situações. Isso pode significar viver em novos lugares, relacionar-se com novas pessoas, experimentar novas condições socioeconômicas. A habilidade de Paulo não é uma característica hereditária, porque ele diz especificamente: “Aprendi a viver contente” (Fp 4:11). Essa não é uma capacidade que alguns possuem e outros, não. A adaptação e a satisfação em meio a uma grande variedade de circunstâncias são processos aprendidos que sobrevêm com o passar do tempo e com a prática.

O verso 13 dá a chave mais importante para o poder de recuperação de Paulo. Ele podia não só sentir satisfação com poucos ou muitos recursos materiais, mas podia fazer qualquer coisa e tudo em nome de Jesus Cristo.

Como está seu contentamento? Você tem sido sacudido de cá para lá e vitimado pelas circunstâncias? Como você pode aprender a “viver contente em toda e qualquer situação” (v. 11)?



Sexta
Ano Bíblico: Nm 20, 21

Estudo adicional


Os poderes das trevas se adensam em torno da mente e excluem Jesus ao nosso olhar e, por vezes, só nos é possível, em espanto e aflição, esperar até que as nuvens passem. Há ocasiões em que esses períodos são terríveis. A esperança parece falhar, e o desespero, se apoderar de nós. Nessas horas tremendas, precisamos aprender a confiar, a depender unicamente dos méritos da expiação e, em toda a nossa impotente indignidade, nos lançar sobre os méritos do Salvador crucificado e ressurgido. Enquanto assim fizermos, nunca pereceremos – nunca! Quando resplandece a luz em nossa estrada, não é grande coisa ser forte no poder da graça. Mas esperar pacientemente com esperança quando nos achamos rodeados de nuvens e tudo parece escuro, requer fé e submissão que fazem com que nossa vontade seja absorvida pela vontade de Deus. Mui facilmente, ficamos desanimados e clamamos ansiosamente para que seja removida de nós a provação, quando devemos pedir paciência para resistir e graça para vencer” (Ellen G. White, Maravilhosa Graça, p. 114).

Perguntas para reflexão
1. Pense mais na questão das provações e tragédias que não parecem ter final feliz. O que devemos fazer nesses casos? Como podemos conciliar esses fatos com nossa fé e as promessas de Deus?
2. Na terceira sentença da citação de Ellen G. White acima (“Nessas horas tremendas, precisamos...”), que mensagem ela está transmitindo? De acordo com o que ela diz, onde está nossa esperança? Por que, afinal, o evangelho, como apresentado nessas palavras, é nossa única esperança, não importando a tragédia que nos aconteça agora?
3. Como você pode aplicar à prática o conselho do apóstolo em 1 Pedro 4:12, 13? Uma coisa é manter o poder de recuperação e ser fiel em meio às provações, mas como fazer o que Pedro diz? Isso é possível?
4. Suponha que você estivesse lidando com uma pessoa em uma situação terrível, em que parecesse não haver saída, humanamente falando. Suponha, também, que você só tivesse cinco minutos com ela. Nesses poucos minutos, o que você diria para lhe dar esperança?

Respostas sugestivas:
Pergunta 1: Integridade, paciência, justiça, temor de Deus.
Pergunta 2: À ressurreição.
Pergunta 3: a) A tribulação produz perseverança. b) Nos transforma em consoladores; c e d) Desenvolve a confiança e a fé.
Pergunta 4: A fome a fez emigrar; Morreu seu marido, morreram seus filhos; A viuvez a levou à indigência.
Pergunta 5: A nora a acompanhou em todas as circunstâncias.
Pergunta 6: a) Orfandade; b) Exílio; c) Traição de dois servidores do rei; d) Sentença de morte por Amã. E) Risco de morte por comparecer diante do rei sem ter sido chamada.
Pergunta 7: Não era abalado nem por fome e escassez nem por fartura e riqueza.

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