A festa foi
decretada em 1264 e se baseia no conto fictício de que o pedaço de pão
(a Hóstia) teria se transformado em carne viva de Cristo, encharcando de
sangue a boca da pessoa que tomava a Eucaristia.
Ostensório, usado para transportar o pão mistíco da Igreja Romana. Lembra o SOL e não é mera coincidência.

Centenas de protestantes foram mortos por
não concordarem com o misticismo pagão dessa doutrina. Wycliffe, atacou
esta doutrina na sua leitura ante a Universidade de Oxford em 1381.
Juan Mollius, italiano, professor,
sacerdote aos 18 anos, ao ler as verdades do Evangelho descobriu os
erros da Igreja de Roma, dentre outros, Purgatório, Transubstanciação,
Missa, Confissão Auricular, Oração pelos Mortos, Hóstia, Peregrinações,
Extrema-Unção, Cultos em idioma desconhecido, e outros. Foi enforcado em
1553, tendo o corpo queimado.
De acordo com o Livro dos Mártires (p.118-119):
Um jovem inglês que estava em Roma [por
volta de 1560], passava um dia junto a uma igreja justo quando saiu a
procissão da hóstia. Um bispo levava a hóstia, e vendo-a o jovem,
arrebatou-a, a lançou no chão e a calcou a seus pés, gritando:
“Miseráveis idólatras, que deixais o verdadeiro Deus, para adorar um
pedaço de comida!”. Esta ação provocou de tal modo o povo que teria
despedaçado o jovem naquele mesmo momento, mas os sacerdotes persuadiram
a multidão que o deixassem para que fosse sentenciado pelo Papa.
Quando contaram o assunto ao Papa, este
sentiu-se sumamente exasperado, e ordenou que o preso fosse queimado de
imediato; porém um cardeal o dissuadiu desta apressada sentença,
dizendo-lhe que seria melhor castigá-lo gradualmente e torturá-lo, para
poder descobrir se tinha sido instigado por alguma pessoa determinada a
cometer uma ação tão atroz.
Aprovado isto, foi torturado com a maior
severidade, porém só conseguiram tirá-lhe estas palavras: “Era a vontade
de Deus que eu fizesse o que fiz”. Então o Papa pronunciou sentença
contra ele:
1) Que o carrasco o levasse com o torso nu pelas ruas de Roma.
2) Que levasse a imagem do diabo sobre sua cabeça.
3) Que lhe pintassem nas calcas uma representação das labaredas.
4) Que lhe cortassem a mão direita.
5) Que depois de ter sido assim levado em procissão, fosse queimado.
Quando ouviu esta sentença, implorou a
Deus que lhe der força e integridade para manter-se firme. Ao passar
pelas ruas, foi enormemente escarnecido pelo povão, aos quais falou
algumas coisas severas acerca da superstição romanista. Mas um cardeal
que o ouviu, ordenou que o amordaçassem.
Quando chegou à porta da igreja onde
havia pisoteado a hóstia, o carrasco lhe cortou a mão direita, e a
encravou num pau. Depois dois torturadores, com tochas acesas, abrasaram
e queimaram seus carne todo o resto do caminho. Ao chegar no lugar da
execução beijou as correntes que haviam amarrado a estaca. Ao
apresentá-lhe um monge a figura de um santo, bateu nela lançando-a no
chão; depois, acorrentando-o na estaca, acenderam a lenha, e pronto
ficou reduzido a cinzas.
Pouco depois da execução acabada de
mencionar, um venerável ancião, que tinha permanecido muito tempo preso
da Inquisição, foi condenado à fogueira, e tirado para ser executado.
Quando estava já acorrentado à estaca, um sacerdote susteve um crucifixo
diante dele, e lhe disse: “Se você não tirar este ídolo de minha vista,
serei obrigado a cuspir nele”. O sacerdote o repreendeu por falar tão
duramente, porém ele lhe disse que lembrasse do primeiro e do segundo
mandamento, e que se afastasse da idolatria, como Deus mesmo tinha
ordenado. Foi então amordaçado, para que já não falasse, e pondo fogo na
lenha, sofreu o martírio no fogo.
(O Lívro dos Mártires, Página 129)
Nos vales de
Piemonte, no século 17, Dn Rambaut, de Vilário, pai de uma numerosa
família, foi apreendido e levado a prisão junto com vários outros, no
cárcere de Paysana. Aqui foi visitado por vários sacerdotes, que com uma
insistente importunidade fizeram tudo o possível por persuadi-lo a
renunciar à religião protestante e tornar-se papista. Mas recusou
rotundamente e os sacerdotes, ao verem sua decisão, pretenderam sentir
piedade por sua numerosa família, e lhe disseram que poderia, com tudo,
salvar sua vida se afirmava sua crença nos seguintes artigos:
1) A presença real na hóstia.
2) A Transubstanciação.
3) O Purgatório.
4) A infalibilidade do Papa.
5) Que as missas realizadas pelos defuntos livravam almas do purgatório.
6) Que rezar aos santos dá remissão dos pecados.
O senhor
Rambaut disse aos sacerdotes que nem sua religião nem seu entendimento
nem sua consciência lhe permitiriam subscrever nenhum destes artigos,
pelas seguintes razões:
1) Que acreditar na presença real na hóstia é uma chocante união de blasfêmia e idolatria.
2) Que
imaginar que as palavras de consagração executam o que os papistas
chamam de transubstanciação, convertendo o pão e o vinho no verdadeiro e
idêntico corpo e sangue de Cristo, que foi crucificado, e que depois
ascendeu ao céu, é uma coisa demasiado torpe e absurda para que acredite nela sequer uma criança que tiver a mínima capacidade de raciocínio; e que senão a mais cega superstição poderia fazer que os católico-romanos depositassem sua confiança em algo tão ridículo.
3) Que a doutrina do purgatório é mais inconseqüente e absurda que um conto de fadas.
4) Que era
uma impossibilidade que o Papa fosse infalível, e que o Papa se arrogava
de forma soberba algo que somente podia pertencer a Deus como ser
perfeito.
5) Que dizer
missas pelos mortos era ridículo, e somente tinha a intenção de manter a
crença na fábula do purgatório, por quanto a sorte de todos estava
definitivamente decidida ao partir a alma do corpo.
6) Que a
oração aos santos para remissão dos pecados é uma adoração fora de
lugar, por quanto os mesmos santos têm necessidade da intercessão de
Cristo. Assim, já que somente Deus pode perdoar nossos erros, deveríamos
ir somente a Ele em busca do perdão.
Os
sacerdotes sentiram-se tão enormemente ofendidos ante as respostas do
senhor Rambaut aos artigos que eles queriam se subscrevesse, que
decidiram abalar sua resolução mediante o mais cruel método imaginável.
Ordenaram que lhe cortassem a circulação dos dedos das mãos até o dia
que ficasse sem eles; depois passaram aos dedos dos pés; depois,
alternadamente, foram cortando-lhe um dia uma mão, outro dia um pé;
porém ao ver que suportava seus sofrimentos com a mais admirável
paciência, fortalecido e resignado, e mantendo sua fé com uma resolução
irrevogável e uma constância inamovível, o apunhalaram no coração, e
deram seu corpo como comida para os cães.
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