O apóstolo, vendo a tendência que havia,
de abusar do dom da fala, dá instruções quanto ao seu uso. “Não saia da
vossa boca nenhuma palavra torpe”, diz ele, “mas só a que for boa para
promover a edificação.” Palavra “torpe” aqui quer dizer qualquer palavra
que dê impressão deprimente aos princípios santos e à religião pura,
qualquer comunicação que ofusque a doutrina de Cristo, e apague da mente
a verdadeira simpatia e amor. Inclui sugestões impuras, que, a menos
que se lhes resista instantaneamente, levam a grave pecado. Sobre cada
um se impõe o dever de impedir o caminho às comunicações corruptas.
É propósito
de Deus que apareça em Seus filhos a glória de Cristo. Em todos os Seus
ensinamentos, Cristo apresentou princípios puros, inadulterados. Ele não
pecou, nem em Seus lábios se achou engano. Constantemente deles fluíam
verdades santas, enobrecedoras. Falava como nunca homem algum falou, com
uma ênfase que comovia o coração. … A palavra nunca esmorecia em Seus
lábios. Com destemor expunha a hipocrisia de sacerdotes e príncipes,
fariseus e saduceus.
A grande responsabilidade que envolve o
dom da fala é plenamente revelada na Palavra de Deus. “Por tuas palavras
serás justificado e por tuas palavras serás condenado” (Mateus 12:37),
declarou Cristo. E o salmista pergunta: “Senhor, quem habitará no Teu
tabernáculo? quem morará no Teu santo monte? Aquele que anda em
sinceridade, e pratica a justiça, e fala verazmente segundo o seu
coração; aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu
próximo, nem aceita nenhuma afronta contra o seu próximo.” Salmos
15:1-3.
Cultivai uma atitude mental devota, e
educai a língua de modo que fale palavras retas, que abençoem em vez de
desanimar. … Falai da bondade, da misericórdia e do amor de Deus.
Removei todas as palavras de incredulidade, e tudo que é barato e comum.
Sejam sadias as palavras, que não possam ser condenadas, e a paz de
Deus por certo virá ao coração.
Ellen G. White, Nos Lugares Celestiais, pág. 177.
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