A declaração “ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados” (Cl 2:16) é semelhante à de Oséias 2:11: “Farei cessar todo o seu gozo, as suas Festas de Lua Nova, os seus sábados e todas as suas solenidades.” As expressões “seus sábados” e “vossos sábados” (em contraste com “Meus sábados” e o “sábado do Senhor”) referem-se nas Escrituras geralmente ao ano sabático de descanso da terra (Lv 25:1-7; 26:34-35; 43; II Cr 36:21) ou às santas convocações anuais dos israelitas, também denominadas de sábados (Lv 23:27 e 32). Esses sábados cerimoniais cessaram com a morte de Cristo (Cl 2:14-17), enquanto o sábado semanal continua vigente durante a “nova aliança” (Jr 31:31-33; Is 56:1-7; Hb 4:9-11).
Cremos, portanto, que os autores batistas Jamieson, Fausset e Brown estão corretos ao interpretarem Colossenses 2:16 nos seguintes termos: “SÁBADOS (não “os sábados”) do Dia da Expiação e da Festa dos Tabernáculos chegaram ao fim com os serviços judaicos aos quais pertenciam (Lv 23:32, 37-39). O sábado semanal repousa sobre um fundamento mais permanente, havendo sido instituído no Paraíso para comemorar o término da criação em seis dias. Levíticos 23:38 distingue claramente ‘o sábado do Senhor’ dos demais sábados.”
Texto de autoria do Dr. Alberto Timm, publicado na Revista Sinais dos Tempos, março de 1998, p. 29.
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