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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A influência religiosa da Rede Globo

Você sabe o que é comemorado no dia 2 de fevereiro? Eu não sabia até este ano. Desde 1923, esse dia é celebrado por milhares na Bahia e, somente no bairro do Rio Vermelho, cerca de 500 mil pessoas renderam sua homenagem à Iemanjá. Mesmo sendo uma grande tradição para os baianos, acho que eu não saberia o que essa data representa se não estivesse assistindo ao Bom Dia Brasil, telejornal da Rede Globo, no dia mencionado. Até aí tudo bem, pois fazer a cobertura de um evento que atrai tantas pessoas é normal. Além do mais, cada um tem liberdade para expressar sua crença. O que me causou estranheza foi o fato de o repórter global fazer uma oferenda ao vivo para a “Rainha do Mar”.[1] Logo a emissora que diz ter como um de seus princípios editoriais[2] no jornalismo a busca da isenção. Diversos programas da Rede Globo possuem conteúdo tendencioso, mas ainda permanecia a impressão de que o jornalismo buscava a isenção da notícia. Parece que não mais.

Para completar, logo após o telejornal, me deparei com Ana Maria Braga iniciando seu programa Mais Você, direto da praia.[3] A produção da emissora deslocou a apresentadora e toda uma equipe para a praia de São Conrado, para mais uma homenagem, ao vivo, à Iemanjá. Ana Maria fez questão de deixar sua oferenda no mar e contou uma das lendas sobre o orixá. Mais tarde, em seu estúdio, ensinou como fazer uma homenagem de casa mesmo, para quem não mora perto do mar.[4]

Seja qual for a história que gerou a crença, de concreto, ficam as imagens de pessoas em grandes filas enviando ao mar presentes como espelhos, flores, perfumes, alimentos, entre outros, que, segundo o povo, são as coisas preferidas da divindade, que na cultura africana é a mãe de todos os orixás. Na Bahia, por influência da Iara Indígena, ganhou a forma de uma sereia vaidosa, ciumenta e que adora presentes. Muitos ainda a associam à Maria, mãe de Jesus.

Depois de avaliar todo o cenário e testemunhar como a emissora – que não economiza nas atrações recheadas de confusão religiosa – deu tanto destaque ao dia de Iemanjá, cheguei a algumas conclusões:

- A Globo está enveredando cada vez mais para o mundo religioso, mas, como uma verdadeira “Babilônia” (que na Bíblia representa confusão), não acrescenta nada de realmente proveitoso para a vida espiritual das pessoas. E o jornalismo que antes buscava ter certa isenção na notícia, agora, infelizmente, está cada vez mais tendencioso.

- O tal “sincretismo religioso”, assim como o ecumenismo, tão admirado por muitos, está levando a uma confusão espiritual que com certeza está em desacordo com a Bíblia. Os que não querem fazer parte desses movimentos, tentando usar também da tal liberdade religiosa, são tidos como “radicais”.

- O espiritismo moderno, que agora está totalmente em destaque, é um movimento relativamente recente, datado de 1848.[5] Há poucos anos, não era aceito como hoje em dia e era até mesmo temido pela grande maioria. Ainda me lembro de que, quando era criança, meus amigos e eu temíamos o assunto e não poucas vezes íamos dormir com medo das histórias de conversas com os “mortos”.

O autor Uriah Smith (1832-1903), sobre a sexta praga de apocalipse 16, comenta: “Outro acontecimento digno de nota sobre essa praga é a saída dos três espíritos imundos a fim de congregarem as nações para a grande batalha. O movimento espalhado por todo o mundo, conhecido por espiritismo moderno, é, em todo sentido, um meio apropriado para a realização dessa obra” (As Profecias do Apocalipse, p. 310).



Respeito muito as pessoas que seguem o espiritismo. São excelentes cidadãos, pessoas amorosas e caridosas. Mas a Palavra de Deus – ainda que alguns busquem nela artifícios para apoiar suas teorias – é bem clara sobre o assunto:

“Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti” (Deuteronômio 18:10-12).

“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento” (Eclesiastes 9:5).

“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma” (Eclesiastes 9:10).

(Lucila Tiujo dos Reis é jornalista em Curitiba, PR)

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