
Tracy vinha treinando para melhorar seu tempo de 23,78 segundos nos 200 metros, para 23,30 segundos, o que a qualificaria para competir nos Jogos Olímpicos. Com esse alvo em mente, ela se preparava para competir em Bogotá quando foi informada de que a corrida final havia sido trocada do domingo para o sábado. Após ouvir isso, Tracy arrumou suas malas e voltou para casa.
Como ela é extremamente convicta a respeito da guarda do sábado, essa não foi uma decisão assombrosa. Mas admite que o fato de estar tão próximo de competir numa Olimpíada a fez lutar com seus pensamentos. “Aquela noite no hotel foi de luta, mas compreendi que minha vitória seria de mãos dadas com Jesus. Se eu seguisse em frente e participasse da corrida, teria agido contra a vontade dEle”, disse Tracy, que explicou que era muito tarde para apelar ou participar de outra prova classificatória.
Semanas mais tarde ela não estava arrependida de sua decisão e assistiu aos Jogos Olímpicos pela TV em sua casa. “Aquela decisão me ensinou a mudar outras coisas para melhor em minha vida e também tem sido uma bênção para outros”, explica Tracy, que cresceu em um lar adventista e foi batizada aos nove anos de idade.
Ela teve que colocar suas corridas em compasso de espera, enquanto completa a faculdade de administração na universidade em São José, Costa Rica. Disse que se adaptar a fazer entre o que ama e o que deve é sempre uma decisão difícil.
“Eu amo, amo correr; não consigo explicar o ímpeto que sinto”, diz ela. “Além de competir, posso conhecer melhor meu corpo e isso me motiva a fazer melhor as coisas, todos os dias, aprendendo a não desistir facilmente e sempre dar meu melhor em tudo o que faço, sempre colocando a Deus em primeiro lugar.”
(Libna Stevens, Divisão Interamericana; revista Adventist World, outubro de 2012)
Nenhum comentário:
Postar um comentário