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sábado, 10 de novembro de 2012

Indústria pornô se anima com vitória de Obama


A vitória da presidente [norte-americano] Barack Obama sobre o candidato republicano e mórmon Mitt Romney foi comemorada pela indústria de filmes adultos. De acordo com o portal especializado XBiz, uma espécie de porta-voz do mercado pornô norte-americano, a expectativa era alta pela reeleição do candidato democrata. Numa sondagem feita no mês passado entre membros da rede do XBiz, quase 70% se disseram favoráveis à candidatura de Obama. Apenas 13% apoiaram a candidatura de Mitt Romney. O fundador da revista Hustler, Larry Flynt [foto], chegou a pagar anúncios de página inteira nos jornais Washington Post e USA Today (o New York Times recusou reproduzi-lo) oferecendo US$ 1 milhão em dinheiro a quem revelasse as declarações de impostos de renda de Romney. Flynt dizia que o candidato derrotado é um bilionário com valores astronômicos escamoteados em paraísos fiscais.

Além da lendária revista, Flynt faz dinheiro hoje com uma rede de filmes adultos que está presente em mais de 50 países, lojas de aparatos eróticos e um cassino. Procurado pelo portal XBiz, o empresário afirmou que não estava nem um pouco surpreso com o favoritismo de Obama junto à indústria que o tornou famoso.

E o diretor-executivo e fundador da gigante pornô Vivid Entertainment, Steven Hirsch, concorda. “A maioria das pessoas envolvidas neste mercado tem uma visão liberal do governo e de como ele deve trabalhar”, disse o empresário, que criou a Vivid em 1984.

Segundo analistas, o receio de empresários do mercado do sexo sofrerem pressão com uma vitória republicana seria o principal motivo para se alinharem com Obama.

De acordo com a ONG Morality in Media, Romney chegou a oferecer garantias de que, se eleito, iria pedir ao Departamento de Justiça dos EUA para que processasse produtores pornô por obscenidade.


Nota: Resumindo: os EUA continuarão, com a anuência de seu governo, a exportar obscenidade para todo o mundo, sob pretexto de promover a liberdade de expressão. Não simpatizo com certos radicalismos da direita cristã norte-americana (que certamente terá papel importante na imposição da lei dominical), mas também não morro de amores pelo liberalismo (em termos morais) dos democratas que fazem vista grossa para a devastação causada pela pornografia.

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