Algumas pessoas estavam reunidas,
procurando saber qual era a melhor tradução da Bíblia. Um jovem, pedindo
a palavra, disse: “A melhor tradução da Bíblia é a de minha mãe.” Todos
ficaram atônitos, porque a mãe daquele jovem tinha pouca cultura. Mas a
perplexidade foi substituída por admiração quando o jovem explicou:
“Ela a traduziu por intermédio de sua vida.”
Ler a Bíblia é importante, mas praticar
seus ensinos é melhor. Infelizmente, nem todos que andam com a Bíblia na
mão, obedecem a seus conselhos. Até mesmo as crianças percebem o abismo
que existe entre a teoria e a prática. Certo homem tentava explicar ao
filho o que significava ser um cristão. Ao terminar, o pai recebeu uma
lição de que nunca mais se esqueceu. O filho perguntou-lhe: “Papai, o
senhor já viu algum cristão?”
Quando Jesus
esteve na Terra, o povo em geral estava decepcionado com a conduta dos
líderes religiosos. A hipocrisia era a ordem do dia. Toda esmola era um
palanque de propaganda, pois não era fruto do amor, mas do egoísmo. Os
escribas e fariseus preocupavam-se com aspectos periféricos da lei, mas
não tinham o espírito da lei. Devolviam o dízimo, até mesmo “da hortelã,
do endro e do cominho” (Mat. 23:23), mas não ofereciam a Deus o coração
para ser transformado. Esse era o quadro religioso daqueles dias:
palavras não seguidas de atos.
Acostumado a ver esse tipo de
comportamento, o povo não acreditava que essa rotina de incoerência
pudesse ser quebrada. Certo sábado, Jesus estava ensinando na sinagoga
de Cafarnaum, quando o povo percebeu a diferença que faltava. Marcos
1:22 diz: “Maravilharam-se da Sua doutrina, porque os ensinava como quem
tem autoridade.”
A tradução da Bíblia em atos de amor e
misericórdia dispensa o conhecimento de hebraico, grego ou qualquer
outra língua. Não dispensa, porém, o poder do Espírito Santo. Toda
pessoa submissa ao poder divino é transformada de par em par até ser uma
tradução da vontade celestial. Quando Harry Orchard aceitou a Jesus, a
sua culpa por crimes hediondos foi cancelada pelo sangue do Cordeiro. Na
sua sepultura está escrito: “Harry Orchard, o homem a quem Deus fez de
novo.” Um criminoso arrependido tornara-se uma tradução da Bíblia.
Pergunta para Reflexão
Ao nos observarem, as pessas vêem “sepulcros caiados”, ou uma tradução do Evangelho?
Rubens S. Lessa, A Esperança do Terceiro Milênio, pág. 122.
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