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quarta-feira, 9 de maio de 2012

O Que Devemos a Nossa Mãe

Se temos conta com o médico, o armazém, o padeiro e outros fornecedores, eles habitualmente nos enviam a conta cada fim de mês, e, se os pagamentos não forem periodicamente satisfeitos, quererão saber a razão por que não o fazemos. Qual de nós já recebeu uma conta de nossa mãe? Nenhum recebeu nem receberá, porque nossa mãe não mantém escrita. Não anota nenhum débito contra nós, nem nos faz lembrados de nossas dívidas para com ela. Talvez seja esta uma das razões por que nos esquecemos do quanto realmente lhe somos devedores. Isso explica porque fazemos tão poucos pagamentos para liquidar essa conta.
Felizmente, nestes dias de pressa e atropelo, foi separado um dia dos trezentos e sessenta e cinco, para ser o dia das Mães. Todo ano, no mês de Maio, dedicamos-lhe um dia, e a alegria nos invade o coração ao vê-lo retornar. E, conquanto não pretendamos, com o Dia das Mães, liquidar a nossa conta, apraz-nos efetuar um pequeno pagamento que possa ser levado a nosso crédito. Um dia não é suficiente — e se cada dia do ano fosse um Dia das Mães e todo o nosso amor e devotamento se concentrassem somente em nossa mãe, mesmo assim nunca chegaríamos a pagar tudo que fez por nós.

A Origem do Dia das Mães

Desde tempos imemoriais têm havido dias em que se comemoram grandes personagens ou ocasiões. É estranho que o Dia das Mães não tenha sido introduzido no século vinte. A idéia teve sua origem no espírito da senhorita Ana jarvis, a quem o superintendente de uma escola dominical, da qual a mãe da própria senhorita fora membro muito ativo, pediu que organizasse um culto de homenagem. A idéia teve o apoio mundial, e em Maio de 1914, foi designado o segundo domingo daquele mês como o Dia das Mães. Desde então a observância desse dia têm permanecido sem sofrer interrupção e esperamos que nunca venha a sofrê-la.

Meditemos

Que devemos a nossa mãe? Que fez ela por nós? Que fizemos por ela? Nossa mãe passou pelo “vale da sombra da morte”, para que tu leitor, e eu, pudéssemos viver. Mas nunca alegou qualquer sofrimento que teve conosco. Sua voz foi a primeira que já ouvimos, sua face a primeira que conhecemos. Seus’ olhos sempre estavam pousados sobre nós. De dia e de noite seus ouvidos estavam abertos para ouvir nosso mais leve choro. Nesses nossos primeiros anos, em que não podíamos servir a nós mesmos, ela proveu às nossas necessidades. Antes que nossa língua houvesse aprendido a pronunciar uma única palavra, ela compreendeu o que para outros eram apenas sons ininteligíveis. Encorajou–nos a dar os primeiros e trôpegos passos, e beijou-nos as arranhadelas e contusões. Foi-nos enfermeira nas cachumbas, varicela, sarampo, não prestando atenção ao sol nem ao relógio, nem se importando com as longas vigílias de noites inteiras ao lado de nosso leito. Foi aos seus joelhos que balbuciámos nossa primeira oração infantil. Quando crescemos e saímos para o mundo e cometemos toda sorte de erros, ela nos perdoou. O mesmo, porém, não sucedeu de parte de outras pessoas. Nossa mãe nos ama e nenhum sacrifício é considerado por ela como tal.

Alguns Algarismos

Quem já trabalhou longas horas, durante anos, sem ter recebido nenhuma paga? A mãe, naturalmente. Se fizermos alguns cálculos acharemos que em trinta anos ela nos tem servido mais de trinta mil refeições. Nenhuma nota se conservou das roupas remendadas, mas se tivéssemos que pagar o alfaiate por esse serviço, verificaríamos que a conta seria bem avultada. Se nossa mãe nos cobrasse as lavagens de roupa, ficaríamos surpreendidos — ficaríamos maravilhados. Muitas e muitas vassouras foram por ela gastas e, se serviu umas trinta mil refeições, procuremos calcular quantos pratos terá lavado. Se por tudo isso houvéssemos de pagar em bons cruzeiros, eles somariam uma pequena fortuna.
Embora não nos seja possível pagar a nossa mãe os seus muitos sacrifícios, há incontáveis pequenos modos de mostrar-lhe a nossa apreciação.

As Mães Governam o Mundo

A influência de uma mãe alcança muito mais do que nosso próprio lar. Alguém disse que nunca houve um grande homem que não tivesse uma grande mãe. Se duvidais dessa declaração procurai saber de um grande homem ou de uma mulhar célebre que não tenham sido ajudados pela mãe. Os fundamentos da vida são lançados nos joelhos de uma mãe e junto à lareira. Quanto mais altaneiro o edifício tanto mais sólidos devem ser seus fundamentos. Os grandes homens são grandes por causa dos fundamentos lançados para erguê-los à grandeza, e esses são os princípios ensinados pelos pais no lar.
A mãe nunca fica em foco, em evidência; seu nome nunca é publicado pela imprensa. Muito se tem dito acerca da grande obra de Moisés, mas a maioria do povo ignora o nome de sua mãe. Ela foi a sua professora durante os primeiros doze anos de vida, e foi durante esses doze anos que foram lançados os fundamentos de sua importante carreira. Se não tivesse havido uma Joquebed, talvez nunca houvesse um Moisés.
Abraão Lincoln declarou, com reverência: “Tudo o que sou ou espero ser, devo-o a esse anjo, a minha mãe.” O mestre-escola de Edison disse: “Alva bem podia deixar de estudar porque nunca aprenderá coisa nenhuma. Sua mãe, porém, o encorajou a perseverar. Henry Ford diz: “Tenho procurado conduzir-me na vida pelo modo que minha mãe desejava. Ela ensinou-me enquanto criança, que ser prestimoso é o mais alto dever neste mundo. Cri nela e creio também agora. Tenho procurado seguir o seu ensinamento.”
Não esqueçamos nossa mãe. Lembremos-nos dela no Dia das Mães e também em cada um dos trezentos e sessenta e cinco dias do ano. Ela esquecerá todas as fadigas, inquietações e desassossegos se agora que estamos crescidos, formos a espécie de homens ou mulheres que ela deseja; se estamos seguindo os retos caminhos e servindo de auxílio aos nossos semelhantes. Pode ter rugas na face e cãs na cabeça, todas devidas aos trabalhos de amor que nos devotou, mas sentir-se-á feliz se seus rapazes e meninas lhe aproveitarem os sacrifícios. Por amor dela sejamos fiéis. Em sua idade avançada poderá necessitar de nós, assim como dela necessitámos outrora. Seremos filhos e filhas tão leais quanto ela o foi como mãe? Abandoná-la-emos no momento de necessidade? Se nossa mãe não estiver conosco neste Dia das Mães, mandemos-lhe uma pequena carta e contemos que seus trabalhos e sacrifícios por nós estão sendo apreciados.
Texto de autoria de Carlos L. Paddock publicado na Revista Adventista, edição de maio de 1946.

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