Não podemos passar sem a graça de Deus.
Precisamos auxílio de cima se havemos de resistir as múltiplas tentações
de Satanás, e escapar aos seus ardis. Entre as trevas dominantes,
precisamos ter luz de Deus para revelar as armadilhas e laços do erro,
do contrário seremos apanhados. Devemos aproveitar a oportunidade para
orar tanto em particular como no altar de família. Muitos precisam
aprender a orar. … Quando, em humildade, dizemos ao Senhor nossas
necessidades, o próprio Espírito intercede por nós; quando nosso senso
de necessidade nos leva a desnudar a alma perante o olhar todo
esquadrinhador da Onipotência, nossas orações sinceras, fervorosas,
penetram o véu, nossa fé reivindica as promessas de Deus, e nos vem
auxílio.
A oração é
tanto um dever como um privilégio. Precisamos ter a ajuda que só Deus
pode dar, e esse auxílio não vem sem que o peçamos. Se somos demasiado
convencidos da própria justiça para sentir nossa necessidade do auxílio
de Deus, não teremos Sua ajuda quando mais dela necessitarmos. Se somos
demasiado independentes e presunçosos para nos lançar diariamente
mediante oração fervorosa sobre os méritos de um Salvador crucificado e
ressurgido, seremos deixados sujeitos às tentações de Satanás.
A oração fervorosa, sincera… traria força
e graça para resistir aos poderes das trevas. Deus quer abençoar. Está
mais disposto a dar o Espírito Santo, aos que O pedem, do que os pais a
darem boas dádivas a seus filhos. Mas muitos não sentem a própria
necessidade. Não compreendem que nada podem fazer sem o auxílio de
Jesus.
Foram-me mostrados anjos de Deus todos
prontos a comunicar graça e poder aos que sentem sua necessidade de
força divina. Mas esses mensageiros celestes não concederão bênçãos a
menos que sejam solicitadas. Eles têm esperado pelo clamor de pessoas
famintas e sedentas das bênçãos de Deus; muitas vezes têm eles esperado
em vão. Havia, em verdade, orações casuais, mas não a fervorosa súplica
de corações humildes e contritos.
Os que quiserem receber as bênçãos do
Senhor, precisam preparar eles próprios o caminho, pela confissão do
pecado, humilhação diante de Deus, com sincero arrependimento e com fé
nos méritos do sangue de Cristo.
Ellen G. White, Nossa Alta Vocação, pág. 124.
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